Foto: Rafael Einsinger |
Favorável à ideia de que
quanto mais denúncia tiver é melhor, Aldo relatou sobre sua experiência
profissional e mostrou fotos em diferentes casos, que abordam desde casamentos
até tragédias. Assuntos sobre direitos autorais também ganharam destaque no
bate-papo, quando fotógrafo disse que fotografar é guardar uma situação para
ser contada amanhã.
Aldo motivou os alunos para
que sempre haja o desejo de fazer o melhor trabalho, ainda mais quando há
tecnologia à disposição, facilitando a vida do profissional. Contudo, ressaltou
que é a pessoa que faz a foto e não um simples apertar de botão."Eu nunca
fiz a melhor foto da minha vida, meu trabalho acaba quando o jornal está na
banca."
Confira entrevista com Aldo
Valério:
Qual
foi sua maior dificuldade no começo da carreira como fotojornalista?
Aldo -
Acredito que minha maior dificuldade foi o medo de tentar. Antes de entrar para
a área jornalística, eu trabalhava com o antigo "binoclinho", pequena
caixa com uma lente para ver retratos, porém nunca tive medo de levar
"broncas". Isto faz parte da vida. Já tive fotos que foram
bloqueadas, não porque o editor não gostou, mas pelo fato de serem muito
fortes. Um exemplo foi o caso da "Menina do Piolho", de 1988.
Ao
chegar a um lugar, todo equipado, com câmera e acompanhado de repórter, alguma
vez a cena do fato mudou devido à presença da imprensa?
Aldo -
Sim, sim. Em perseguição policial é normal. O fotógrafo coloca respeito quando
chega ao local.
Foto: Rafael Einsinger |
Aldo -
Pois bem, quanto mais pessoas trabalhando, sua obrigação de fazer o melhor
aumenta.
Em
meio a acidentes e partidas de futebol,
qual foi o fato mais marcante que você já cobriu?
Aldo - A
visita do, agora, papa emérito Bento XVI ao Brasil, em 2007.
Em
sua demonstração aos alunos, você disse que a tecnologia facilitou bastante a
vida do profissional. Quais seriam os pontos desta ajuda?
Aldo
-
O principal auxílio é na parte da velocidade, coisa que antes, quando se usava
filme, não podíamos contar com este benefício. Fora isso, dá um melhor
resultado no trabalho.
Em
toda sua carreira, há ou houve alguém em que você se espelhou ou segue como
exemplo?
Aldo -
Tinha um fotógrafo, o J.A. Tibério. Ele era de um jornal de Piracicaba. Eu
achava legal seu trabalho.
Aldo -
Ser perseverante, pois nada é fácil. E sempre lembrar que está mexendo com
história, está mexendo com o mundo.
Lucas
William Machado Alves (AgênciaJor/Uniso)
0 comentários:
Postar um comentário