segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Proeja forma mais de 160 alunos

Banca de formatura do Proeja (Foto por: Eduardo Casola / AgênciaJor / Uniso)

O Programa de Educação de Jovens e Adultos (Proeja), da Universidade de Sorocaba (Uniso), realizou, neste sábado (19), a entrega dos diplomas de conclusão do Ensino Fundamental a 163 estudantes. A cerimônia de formatura aconteceu na Cidade Universitária e contou com as presenças do pró-reitor Acadêmico da Uniso, professor doutor José Martins de Oliveira Junior, e do prefeito de Pilar do Sul, Antonio José Pereira de Pilar do Sul. 

Segundo a coordenadora do Proeja, professora Beatriz Elaine Picini Magagna, o projeto, que existe desde 1998 e já formou mais de 21 mil estudantes, incluiu formandos de 10 cidades da região: Araçoiaba da Serra, Araçariguama, Capela do Alto, Itapetininga, Jumirim, Mairinque, Pilar do Sul, Quadra, Sorocaba, São Roque. “Este ano, formamos 150 estudantes no Ensino Fundamental I, da primeira a quarta séries. No Ensino Fundamental II, da quinta a oitava séries, foram 13 formandos”, afirma a coordenadora. 

O Proeja tem parceira com prefeituras da região, que disponibilizam o espaço para as aulas e profissionais especializados. A diretora de Educação de Mairinque, Rosane Edimaig Arruda Dias, que há quatro anos acompanha o dia a dia dos estudantes, destaca a importância dos professores que participam do Proeja. “O sucesso é dos profissionais especializados, pois atendem alunos dos 16 aos 72 anos de idade, além de portadores de deficiência auditiva e visual. 

A professora Maria Simone Brasil, de Mairinque, conta que as aulas são ministradas duas vezes por semana, e que os integrantes interagem com alunos de um Centro de Educação Infantil (CEI), do berçário até a segunda fase. Atualmente, a professora atende a zona rural. “O mais importante para esses alunos está em aprender a ler e escrever. Concluir os estudos é a realização de um sonho”, explica. A professora Maria Cecília Salen Paques, há 25 anos trabalhando com a educação de jovens e adultos, comenta o quanto de experiência de vida seus alunos trazem para sala de aula, além do desejo de superação. “Um dos meus alunos conta que fugia do trabalho na roça para estudar. Quando o pai descobria, era penalizado. Mas nunca desistiu do sonho. Hoje, com 78 anos está aprendendo a ler e escrever”, relata Maria Cecília. Já para a professora Roberta Piazza Meireles Ribeiro, da zona rural de Itapetininga, a dedicação dos alunos é gratificante para o desenvolvimento de seu trabalho. “São alunos que trabalham o dia todo na roça sob o sol, e à noite vão às aulas. Tenho, inclusive, pais e filhos que estudam juntos. 

Para a professora Vitalina Alexandra dos Santos, há 25 anos na rede de ensino e há seis anos no Proeja, os alunos estudantes do programa são esforçados e valorizam os professores. “São solidários com os amigos e ficam felizes com a conquista em equipe.” 

O formando Elpídio Rosa de Oliveira, 65, enfatize que o Proeja é uma grande oportunidade para quem quer aprender. “Foi muito bom conhecer coisas novas.” Já Geraldo Domingos Barros, 37, quer seguir adiante nos estudos. “Quero continuar estudando para melhorar meu conhecimento”. E Andréia Aparecida Soares de Almeida, 32, tem suas metas traçadas. “Quero estudar enfermagem”, revela. 

A superação também foi a marca dos formandos. Natalice Cruz Freitas, 42, foi a única a se formar do núcleo Rio Acima, em Araçariguama. Ela elogia o trabalho dos professores. “Eles ajudaram bastante, ensinavam bem, são muito bons”. Fábio da Silva Matos, 27, portador de deficiência visual, também aponta a qualidade do ensino como sendo fundamental no seu aprendizado. “A única dificuldade era na digitação, mas a professora sempre nos ajudou”.

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Michele Brito e Eduardo Casola (AgênciaJor/Uniso)

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