quinta-feira, 16 de abril de 2020

Entidade estadual compartilha reportagem sobre HIV feita por alunos da Uniso




Alunos da Universidade de Sorocaba que concluíram o curso de Jornalismo no último mês de dezembro com a apresentação de uma vídeo-reportagem sobre portadores de HIV tiveram um importante reconhecimento nesta semana quando uma entidade que representa soropositivos compartilhou e recomendou o acesso ao vídeo.

“Laços do HIV – A vida após o diagnóstico positivo” está disponível no Youtube e já havia se destacado na ocasião de sua apresentação oficial. Aprovada com nota máxima e acompanhada por uma plateia atenta e emocionada, a reportagem em vídeo não ficou restrita ao processo de aprovação na universidade e, nos últimos meses, tem contabilizado acessos e elogios. Acesse a reportagem clicando no ícone abaixo:



Apesar disso, Brenda Thomaz, Giúlia Henriane, Vanessa Ferranti e Rodrigo Honorato não negam terem ficado surpresos ao saberem que o Fórum das ONG-Aids do Estado de São Paulo (Foaesp) havia não apenas acessado, mas divulgado a reportagem em suas redes sociais.


Alunos apresentaram o trabalho para a banca avaliadora em dezembro do ano passado 

No último sábado, 11 de abril, a entidade, que tem destaque nacional por representar as ONGs Aids do maior estado brasileiro, divulgou e elogiou o trabalho de conclusão de curso feito pelos alunos da Uniso. O reconhecimento fez relembrar o caminho percorrido e a escolha do tema, a partir de uma monografia produzida por Honorato no primeiro semestre de 2019.

Quando chegou a hora de escolher como daria seguimento ao TCC e que produto faria em busca da aprovação final no curso, a equipe decidiu pela abordagem regional de um tema mundial e passou a contar com a orientação do professor Marcel Stefano Tavares Marques da Silva.

A proposta era que os integrantes se aproximassem da realidade de quem vive com HIV/Aids e logo esse efeito começou a ser notado, servindo de motivação. “Eu tive de perto a sensação de como a informação pode salvar vidas”, acentua Rodrigo Honorato.


Giúlia Henriane relata que nesse trabalho procurou encontrar maneiras de falar sobre sexo seguro e doenças sexualmente transmissíveis de uma forma não pejorativa, mas sim, respeitosa e responsável. “Antes de iniciar o TCC, eu não tinha noção da importância de se falar sobre o tema além do que eu já tinha aprendido na escola” e diz como foi deixar todos os preconceitos de lado para estar ali com uma visão profissional.


Convidada a deixar um recado aos futuros jornalistas após esse trabalho, Giúlia diz que “Fontes confiáveis são o essencial para um trabalho bem feito”. E completa: “não tenha medo de sair de sua zona de conforto”. Brenda e Vanessa acrescentam que as fontes entrevistadas se sentiram acolhidas e valorizadas por terem local de fala para contar um pouco sobre suas histórias. Essas pessoas manifestaram o desejo que a reportagem “Laços do HIV” sirva de exemplo a outros estudantes e profissionais da comunicação na hora de colocarem esse tema em prática e, acima de tudo, possa ser visto por mais pessoas, ajudando a melhorar a aceitação e reduzir o preconceito.



 Maria Lucila Magno atua na luta contra a AIDS   

Uma das fontes entrevistada pelos então estudantes de Jornalismo, foi Maria Lucila Magno, advogada e presidente do Grupo de Educação a Prevenção à Aids em Sorocaba. No vídeo, é possível conhecer um pouco do trabalho do Gepaso, não só para Sorocaba e região mas para o Brasil. “Colaboramos desde a luta pelos direitos humanos até a assistência para as Pessoas Vivendo com HIV e AIDS em todos os cantos do país”.

Sobre ter um trabalho jornalístico abordando o universo das pessoas que convivem com o vírus e mostrando a realidade, ela diz ser muito importante este reconhecimento vindo de uma universidade com tantos jovens, e manifesta: “eterna gratidão”.



Ao terem a reportagem mais acessada a partir do reconhecimento do Foaesp, os ex-alunos comentam a sensação de dever cumprido. Para Brenda, “ali foi possível sentir que cumpri meu papel”. Para finalizar, o grupo também falou sobre gratidão “a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para o trabalho, mostrando que o mais importante é a prevenção e não a cura e sexo seguro é mais do que essencial. Todos estão vulneráveis e devem se cuidar”.

Para mais informações sobre o Gepaso, a sede da entidade se encontra na rua Dr. Nogueira Martins, 383 - Centro, Sorocaba ou pelo telefone (15) 3233-3010Já o Foaesp pode ser contatado pelo endereço @forumaidssp nas redes sociais. 


                                                                                                                 
Texto: Giulia Alvers, para a Agência Experimental de Jornalismo da Uniso - @focasnarede

Fotos: Arquivo pessoal

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