Participantes do projeto reunidos no NEAS |
Capacitar pequenos
produtores agrícolas da Região de Sorocaba, para que possam empregar técnicas sustentáveis,
é um dos objetivos do curso de Agroecologia, oferecido pela Universidade de
Sorocaba (Uniso). A iniciativa é do curso de Agronomia e está vinculada a um
projeto do Programa Bolsas de Extensão (Probex).
As aulas acontecem um sábado por mês no NEAS
(Núcleo de Estudos Ambientais da Uniso) e abordam diversos temas relacionados à Agroecologia. Os participantes aprendem técnicas
de produção sustentável, como o uso de fertilizantes que não agridem o
ambiente, o cultivo orgânico de mel e o combate de pragas com defensivos não
tóxicos.
Para o bolsista do
projeto, José Manoel Zago, aluno do oitavo semestre de Agronomia, os
agricultores são os principais beneficiados, já que o estudo visa criar uma
ponte entre os conhecimentos acadêmico e popular. “A Agroecologia preza o saber popular, resgatando diversas
técnicas perdidas com a chamada ‘revolução verde’, que de ‘verde’ não tem nada”.
Zago refere-se à oferta de insumos supostamente sustentáveis que, pelo próprio
processamento industrial, deixam de ser naturais. “A proposta do curso é
capacitar agricultores, técnicos e interessados na área para atuarem como
disseminadores dessa produção de desenvolvimento rural sustentável”, afirma.
A Coordenadora de
Agronomia e orientadora do projeto, professora Bertha de Castro, informa que o curso vem ampliar os
conhecimentos dos alunos em Agroecologia. “A região é muito
produtiva, principalmente em agricultura familiar. Esperamos que os produtores
venham- e eles têm vindo - e levem essa ideia de produzir sem agredir o meio
ambiente e apliquem nas suas áreas”, diz.
As atividades do
projeto de Agroecologia têm apoio do Grupo de Estudos
em Agroecologia, nomeado Sumá (deusa
da agricultura na mitologia tupi-guarani), que teve início no primeiro
semestre. Hoje, o grupo conta com aproximadamente 25 alunos dos cursos de
Agronomia, Engenharia Ambiental e Arquitetura e Urbanismo. O Coordenador do
grupo, professor Felipe Quartucci, afirma
que “além dos benefícios para o produtor, podemos destacar os benefícios
à saúde humana e meio ambiente, uma vez que a produção agroecológica não
utiliza defensivos, que podem ser nocivos e contaminar solos e água”.
Texto e imagens: Aline Albuquerque
Uma das etapas da produção de mel orgânico |
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