Jornal é revisado para eliminar possíveis exemplares com defeito (Foto por: Alexandre Machado / AgênciaJor / Uniso) |
Os estudantes do segundo período de Jornalismo da Universidade de Sorocaba (Uniso),
que, na última terça-feira, 25, visitaram o Parque Gráfico do jornal “Cruzeiro do Sul” puderam
acompanhar a impressão da edição do próximo domingo do caderno “Cruzeirinho”.
O chefe do tratamento de imagens, Joel Ruas salientou a importância do Computer-to-
Plate (CTP) durante o processo de composição dos exemplares. “Antigamente, o jornal ficava
pronto após um período muito longo com o fotolito. Hoje, o CTP permite que o jornal, em uma
hora e 40 minutos, esteja impresso.” Para ele, a nova tecnologia trouxe ganhos ao processo de
impressão. “O uso dos fotolitos era ruim em todos os aspectos, seja estético ou econômicos”, diz
Ruas.
Para o supervisor de produção Dino Cesar, 41, funcionário há 25 anos na Fundação
Ubaldino do Amaral, o CTP foi uma ‘mão na roda’ para a todos. Ele relembra a chegada do
maquinário há cinco anos, e aponta como vantagem a agilidade no processo tanto para a edição
do jornal quanto para a produção.
Os estudantes encontraram, ainda, Eduardo do Rego, representante da empresa belga
AGFA, fabricante das chapas que servem de "molde" para as páginas do jornal e do CTP. "Com as
máquinas novas, a produção ganha em tempo, porque tem a capacidade de imprimir cerca de 68
chapas por hora. A antiga fazia apenas 20", explica Rego.
Memória - O jornal “Cruzeiro do Sul” foi fundado em 12 de junho de 1903, pelos irmãos Joaquim
Firmino de Camargo Pires e irmão João Clímaco. Como o jornal ainda estava no começo, possuía
apenas quatro páginas e circulava duas vezes por semana.
Em 1936, o jornal muda novamente de dono e é adquirido por Ignácio da Silva Rocha e Carlos
Correia, que promovem melhorias. Em 1940, Orlando da Silva Freitas, diretor da Rádio Clube de
Sorocaba, compra o jornal e inicia um profundo processo de modernização gráfica.
Desde 1965, o jornal é mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral. Na época, o Cruzeiro passou
por um processo de modernização da empresa, passando a ser uma entidade sem fins lucrativos.
Na redação e no parque gráfico do jornal havia apenas uma impressora Europa, um derretedor de
chumbo e máquinas de escrever. Com a nova administração, o veículo ganhou uma impressora
Offset. As páginas eram montadas em chapas, passadas para uma folha de papelão para depois
ser impressas na folha de jornal comum.
Hoje, utilizam a impressão Full Color em todas os cadernos, o que não necessita de um processo
de pré-impressão. O conteúdo do jornal é impresso diretamente, o que possibilita alterações e
correções a cada tiragem. Para Joel Juans, funcionário do parque gráfico do jornal há 18 anos, os
novos equipamentos deixaram a produção mais rápida. “Dependendo do dia, como nas sextas-
feiras, produzimos 130 exemplares em apenas quatro minutos.”
Na atividade, organizada pelo professor Julio Cesar Gonçalves, os estudantes conheceram
também a miniredação do jornal, onde produziram um jornal fictício com as fotos do encontro.
A visita ao “Cruzeiro do Sul” fez parte da programação da Semana de Jornalismo da Uniso, em
parceria com a Associação Sorocabana de Imprensa, e do Encontro Preparatório para o Congresso
de Comunicação da Uniso, que se encerra nesta sexta-feira, 28, às 19h, no Campus Cidade
Universitária.
Confira mais fotos da visita (clique para ampliar)
Alexandre Domingues Machado, Eduardo Cassola e Claudia Guimarães
Colaboração: Jardel Domingues, Marcelo Rolim, Marcelo Antonio Cunha, Thaís Hipólito Gomes,
Vagner Pereira Santos e Laís Furquim
AgênciaJor/Uniso
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