Sustentabilidade
foi o tema abordado no encontro do programa Agenda Verde, nesta manhã de quarta-feira
(26), durante o terceiro dia da Semana da Comunicação 2018.
A manhã contou com
a breve presença do reitor da Universidade, Rogério Augusto Profeta, que afirmou
aos estudantes ali presentes que “comunicar não é só texto, é conseguir
materializar ideias”, apontando a importância de os jornalistas serem pessoas
ecléticas e exercitarem o seu papel no contexto socioambiental.
Aproveitando para
apresentar outras atividades da programação como a gincana social: meias e lacres,
o evento teve o anúncio da campanha pelo dia nacional da coleta de alimentos que
acontecerá no mês de outubro, com parceria de supermercados da região e
organização do professor José Colombo, também presente no local.
A mesa de discussões
contou com a gestora de projetos sociais e presidente do Centro de Estudos e
Apoio ao Desenvolvimento, Emprego e Cidadania (Ceadec), Rita de Cássia
Gonçalves Viana e o presidente da Rede Cata-Vida, Darci de Oliveira. A mediação
da atividade foi do coordenador do curso de Geografia, Rodrigo Barchi.
Ao iniciar a
conversa, Rita disse como a imprensa é capaz de dar visibilidade a determinadas
causas, lembrando de um episódio em sua vida, após uma publicação do jornal
Cruzeiro do Sul, que a levou a pesquisar mais sobre a coleta seletiva e a
situação dos catadores de materiais recicláveis, possibilitando que conseguisse
apoio financeiro do governo para atuar nesta área.
Rita relembra conquista vivenciada com a ajuda da imprensa |
Rita comenta
também os perigos do projeto de incineração de resíduos desenhado para Sorocaba,
“temos casos de mães que abortaram, fetos nascidos com má formação ou com
problemas dos mais terríveis possíveis, causados por substâncias que são
extremamente nocivas à saúde humana. É uma insanidade pensar em algo em termos
de incineração, porque é uma cidade com catadores, pessoas que precisam desse
material para gerar renda e o sustento de sua família, se tem um pouco da
coleta seletiva hoje, é graças a essas pessoas que batalham por isso, sem
contar que a queima vai contra a toda educação ambiental aprendida”, explica.
A rede Cata-Vida é
uma entidade criada com o intuito de proporcionar dignidade aos catadores da
região, idealizada por Darci de Oliveira, também catador, o centro de
comercialização armazena materiais de todas as cidades. “Ao invés de ficar dois
meses para montar uma carga de papelão, montamos em dez dias e mandamos direto
para a indústria recicladora, temos uma fábrica de polímeros que transforma
todo este material em matéria prima”, conta Darci procurando dar exemplos para
os trabalhos realizados pela rede.
Rodrigo, durante a
conversa, relembrou das atividades ambientais estudadas no curso de Geografia
do qual é coordenador e expôs sua opinião em relação às políticas públicas do
setor, “sou muito crítico com as políticas públicas, pois nos últimos anos elas
vem desmobilizando os movimentos ecológicos como uma proposta política e ativa
de educação ambiental”. Dicas de práticas
do cotidiano que podem ser substituídas por outras alternativas também são
ditas pelo docente, “em minha casa não consumimos nada de origem animal,
consumimos muito pouca coisa que não seja orgânica, já que acredito que temos
que tentar ao máximo em nossa vida minimizar o impacto no meio ambiente”,
completa.
Texto e fotos: Stephanie de Paula
– Agência Experimental de Jornalismo (AgênciaJOR/Uniso)
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